Câncer de Próstata

Definição e Sintomas

A próstata é uma glândula exclusiva do homem, localizada na região pélvica. Ela envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga é eliminada e produz parte do sêmen, líquido espesso que contém os espermatozóides, liberado durante o ato sexual.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma).

É mais prevalente em homens da raça negra, sendo o risco 1,5 vez maior que a raça branca. Além disso a história familiar é fator de extrema importância. Este risco aumenta cerca de 2 vezes quando há um parente de primeiro grau e em até três vezes, com 2 ou mais parentes de primeiro grau.

Recomenda-se hoje que homens com fator de risco – raça negra e histórico familiar – iniciem o rastreamento aos 45 anos e os demais, aos 50 anos.

É considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida.

Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A grande maioria, porém, cresce de forma tão lenta (leva cerca de 15 anos para atingir 1 cm³) que não chega a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem.

São tumores que podem ou não estar associados ao crescimento da próstata. Sintomas típicos da Hiperplasia Prostática Benigna como jato fraco e/ou interrompido, esforço ao urinar, gotejamento terminal, sensação de esvaziamento incompleto, incluindo urgência, incontinência de urgência e micção noturna frequente não devem ser usados como referência para o diagnóstico, podendo estar completamente ausentes mesmo em quadros avançados da doença.

Diagnóstico

Os exames de rastreamento são sempre realizados com aferição dos níveis de PSA (sangue) e toque retal, que é rápido, leva segundos e não é doloroso. A repetição destes exames é anual, conforme orientado pela Sociedade Brasileira de Urologia, porém pode ocorrer de forma individualizada, a critério do urologista

O diagnóstico é então confirmado pela biópsia prostática, geralmente realizada sob sedação e guiada por ultrassom transretal.

Os métodos mais atuais de biópsia podem contar com a utilização da ressonância magnética como ferramenta no direcionamento de biópsias a lesões suspeitas, na tentativa de aumento da acurácia do método

Tratamento

Os tratamentos mais utilizados na atualidade são:

• Vigilância ativa
• Radioterapia
• Prostatectomia Radical
• Terapias Focais